Dezembro: A Romãzeira
Bordado por: Rosângela
P. M. Gualberto
Conto
marroquino
Desenho: Murilo
Pagani
Contato: rosangelagualberto@uol.com.br
55 (31)
98772.8302
Fotografia,
arte e produção: Henry Yu
Há muitos anos vivia em
um deserto do Marrocos um povo Ansi em uma vila cercada de areia e pedra, com
pouca água e um oásis perto. As crianças brincavam nas ruas com os amigos e a
tarde iam buscar água no poço.
Mas as crianças começaram
a sumir uma a uma. Amir, que ainda estava na aldeia, ouviu a avó falar que isto
era coisa de djinn (feiticeira) e resolveu investigar o problema. Ele se
preparou e foi ao oásis buscar água. Lá ele se encontrou com a djinn, que o
enfeitiçou e o fez segui-la até sua casa, muito velha e isolada, com uma romãzeira
enorme na porta que devia ser mágica pois o menino se desencantou.
Lá também ele viu seus
amigos todos, em gaiolas, transformados em pássaros. Todos os dias a djinn
desencantava as crianças com sua vara mágica, e os fazia trabalhar com as
sementes de romã que viravam granadas vermelhas em joias maravilhosas que a
djinn vendia no mercado.
Amir sabia que as djinns
gostavam de ser paparicadas e fez isto até ser aceito como ajudante. Ele levava
as joias para vender, escondido alimentava seus amigos e ia descobrindo todas
as riquezas de lá. Um dia, enquanto a djinn dormia, Amir foi até a romãzeira,
cortou muitos galhos que distribuiu sobre todo corpo da bruxa, pegou a varinha
dela e todos os galhos se movimentaram e a aprisionaram. Ele desencantou seus
amigos, os meninos pegaram todas as joias que podiam e voltaram para a aldeia
onde as famílias fizeram uma grande festa para comemorar a volta das crianças e
a coragem de Amir.
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