quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Julho - O Dia dos Mortos


O Dia dos Mortos

Bordado por:  Valeria Inês Pimenta

Conto:  O Dia dos Mortos

Autor:  Lenda Mexicana

Desenho: Murilo Pagani

Contato: @valeriainez

Fotografia, arte e produção: Henry Yu

 

 


A única certeza que todos os homens e mitologias sempre dividiram é a Morte. Causadora de tantos medos, ela é encarada de forma bem diferente dependendo da sua localização geográfica. Em muitos países, é motivo de choro e luto demorado. Em outros, os doentes e idosos fazem de tudo para morrer em determinado lugar. E existem os países que encaram a morte de frente. E com festa!

 

Día de Los Muertos comemora as vidas dos ancestrais, que nessa época voltam do outro mundo para visitar os vivos. Os povos indígenas mesoamericanos – há relatos da celebração em povos náuatles (astecas), maias, tarascanos e totonacas há, no mínimo, três mil anos – tinham cerca de um mês inteiro dedicado aos mortos: o nono do calendário asteca, equivalente ao nosso agosto. Na era pré-hispânica era comum a prática de conservar os crânios como troféus, e mostrá-los durante os rituais que celebravam a morte e o renascimento. As festividades eram presididas pela deusa Mictecacihuatl, a Dama de la Muerte, esposa de Mictlantecuhtli, senhor do reino dos mortos.

Segundo a crença popular, neste dia os mortos têm permissão divina para visitar seus parentes vivos. As ruas e as casa são enfeitadas com flores, velas e incensos. As tumbas são decoradas e os vivos levam oferendas aos mortos. As famílias preparam verdadeiros banquetes, as pessoas se enfeitam de fantasias e máscaras (a maioria como caveiras coloridas) e as crianças se divertem. Nos cemitérios. De noite. E com os mortos.

Entre oferendas e decorações, um arco de flores simboliza a passagem usada pelos espíritos.


Um dos símbolos mais tradicionais da festa é a caveira decorada, conhecida como La Catrina. A ideia é mostrar que mesmo tendo status e riqueza em vida, somos todos iguais após a morte
.



Caveiras coloridas aparecem na decoração, nas fantasias, nas maquiagens e até mesmo em forma de doce, feita de açúcar. Essa guloseima é um presente para mortos e vivos, mas não é a única comida típica da época. Os altares são enfeitados com coisas que os mortos apreciavam. Vale também levar a comida que o morto gostava, brinquedos para crianças e tequila para os adultos, tudo para animar. 



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