terça-feira, 24 de dezembro de 2013

IARA, A MÃE D' ÁGUA

Bordado por: Ilka Finotti Wutke

(Lenda Indígena)

Diz a lenda que antes de se tornar uma sereia, Iara era uma belíssima índia trabalhadora e corajosa. Iara se destacava entre os demais, por ser a melhor e consequentemente despertava a inveja de alguns da tribo, especialmente a de seus irmãos homens, que não se conformavam com tal situação. Seu pai era pajé e a admirava em tudo o que fazia contribuindo ainda mais para a revolta de seus irmãos. Tomados pela inveja e pelo ciúme, os irmãos de Iara decidiram matá-la.
Certa noite, quando Iara repousava em sua cama, ouviu seus irmãos entrando em sua cabana com a intenção de matá-la. Rápida e guerreira, se defendeu e acabou os matando. Percebendo a gravidade da situação e com medo da atitude de seu pai, Iara fugiu desesperadamente pelas matas. O pai de Iara realizou uma busca implacável pela filha. Localizaram-na, e como punição pelo seu ato, foi jogada no encontro do rio Negro com Solimões. Os peixes trouxeram o corpo de Iara à superfície que sob o reflexo da lua cheia transformou-se em uma linda sereia com cabelos longos e olhos verdes.
Desde então Iara permanece nas águas atraindo os homens de maneira irresistível e os matando. Acredita-se que em cada fase da lua, Iara aparece com escamas diferentes e adora deitar-se sobre bancos de areia nos rios para brincar com os peixes. Também de acordo com a lenda, é vista penteando seus longos cabelos com um pente de ouro, mirando-se no espelho das águas.


A lenda da Iara é conhecida em várias regiões brasileiras e existem diversos relatos de pescadores que contam histórias de jovens que cederam aos encantos da tentadora sereia e morreram afogados de paixão.

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