quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Alice no País das maravilhas - Lewis Carroll


Bordado por Ilka Finotti

Sentada no jardim com sua irmã, Alice vê passar o Coelho Branco de colete, apressadíssimo, carregando um relógio de bolso. Segue-o até à sua toca, entra atrás dele e cai num poço profundo com paredes cobertas de prateleiras cheias de objetos estranhos e livros. Finalmente aterrissa segura num átrio onde vê uma mesinha de vidro e, em cima dela, uma pequena chave dourada. Ela descobre que a chave abre uma pequena porta que dá para um lindo jardim. No entanto, a porta é muito pequena para ela conseguir passar. Alice bebe de uma pequena garrafa com uma etiqueta BEBA-ME e diminui de tamanho. Infelizmente, esqueceu a chave em cima da mesa e agora não consegue alcançá-la. Descobre debaixo da mesa uma caixinha com um bolo com as palavras COMA-ME e, ao comê-lo, o tamanho de Alice aumenta e ela fica enorme.
Alice cresce até atingir nove metros de altura. Chora tanto que cria um lago de lágrimas. O Coelho Branco atravessa o átrio e, ao ver Alice tão grande, foge deixando cair as luvas e o leque que trazia. Alice os apanha do chão, e como faz calor, não para de refrescar-se com o leque o que, sem que ela perceba, reduz a sua altura; felizmente ela para de abanar-se antes de desaparecer totalmente. Entretanto escorrega e mergulha até ao pescoço no lago de lágrimas que ela própria criou. Aí encontra o Rato que a ajuda a atravessar. Na margem encontram uma grande quantidade de animais, todos molhados, que tentam arranjar uma solução para secarem seus pêlos e suas penas. Um dodo decide que os todos devem correr em círculos.
O Coelho Branco passa por Alice e, confundindo-a com a sua empregada, fica bravo e ordena que vá até sua casa e traga imediatamente umas luvas e um leque. Assustada, Alice obedece. No quarto do Coelho Branco ela encontra uma garrafa, que ela bebe porque está cansada de ser to pequena. O seu tamanho aumenta até ela ocupar toda a casa, um braço saindo pela janela e um pé pela chaminé. Impedido de entrar, o Coelho Branco manda o seu servo, um lagarto chamado Bill, entrar pela chaminé, mas Alice lhe dá um pontapé que o faz voar longe. O Coelho Branco começa a atirar pedras para a janela que, quando caem no chão, transformam-se em bolos com uma aparência deliciosa. Alice come alguns e fica pequena de novo. Consegue sair da casa e foge para um denso bosque, onde encontra a Lagarta Azul sentada num cogumelo, fumando calmamente o seu cachimbo de água.
A Lagarta Azul ensina que um dos lados do cogumelo faz crescer e a outra diminuir. Alice tenta primeiro o lado direito e diminui tanto de altura que até acerta com a cabeça nos próprios pés. Experimenta então o lado esquerdo e cresce de tal forma que atinge a copa de uma árvore. Imediatamente come mais um pedaço do cogumelo e volta ao seu tamanho normal.
Alice encontra o Gato de Cheshire e lhe pergunta que caminho seguir. O gato diz que se ela não sabe onde ir, qualquer caminho serve,  acrescentando que todos são loucos, inclusive ele próprio e Alice, e sugere que ela faça uma visita ao Chapeleiro Maluco. E desaparece lentamente, deixando apenas o seu sorriso.
Alice chega numa festa de chá louca, onde estão presentes o Chapeleiro Maluco, o Coelho Branco, a Lebre de Março e o Arganaz, que fica dormindo. O Chapeleiro Maluco revela que vive bebendo chá porque o Tempo parou às 6 da tarde, a hora do chá. Todos eles falam coisas sem pé nem cabeça e desafiam Alice com enigmas lógicos que não têm resposta. Alice sente-se insultada e cansada e sai afirmando que esta era a festa mais estúpida em que já tinha ido. Mais adiante abre uma porta no tronco de uma árvore e, chega no átrio inicial. Desta vez, destranca primeiro a pequena porta, depois come um pedaço do cogumelo que estava guardado no seu bolso, e entra finalmente no tão desejado jardim.
No jardim vê três cartas de um baralho discutindo entre si enquanto pintam rosas brancas com tinta vermelha, dado que a Rainha de Copas odeia rosas brancas. Mas são interrompidos por uma procissão de cartas, onde estão presentes os reis, as rainhas e até mesmo o Coelho Branco. Alice conhece então o Rei e a Rainha de Copas. A Rainha é sempre de mau humor e grita “Cortem-lhe a cabeça!” assim que alguém lhe desagrada. Alice é convidada para jogar uma partida de críquete com a Rainha e o resto dos seus súbitos. Mas o jogo é um caos porque usam flamingos vivos como marretas, ouriços vivos como bolas e cartas vivas como balizas. Aparece a cabeça do Gato de Cheshire e a Rainha de Copas ordena que seja decapitado. Mas o capataz se recusa a cortar cabeças sem corpo.
O Valete de Copas é levado a julgamento, acusado de roubar as tortas da Rainha. No jurado há doze animais, incluindo o lagarto Bill; o juiz é o Rei de Copas e o cargo de oficial de diligências é desempenhado pelo Coelho Branco. A primeira testemunha é o Chapeleiro Maluco, que não ajuda em nada, mas torna o Rei impaciente. A segunda testemunha é uma cozinheira. A outra testemunha é a própria Alice que, desde o início do julgamento, começou a crescer novamente e derruba acidentalmente os jurados.  
O Rei ordena que “todas as pessoas de dois quilômetros de altura” saíssem, mas Alice se recusa a obedecer. A Rainha ordena tipicamente “Cortem-lhe a cabeça!” Alice não tem medo porque já é muito alta e eles, afinal, são apenas um baralho de cartas. Nisto o baralho todo ataca.
Ela se debate e, de repente, acorda deitada no colo da irmã, que está tirando do seu rosto folhas que caíram. Alice lhe conta tudo o que aconteceu no seu estranho sonho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário