domingo, 23 de novembro de 2025

Janeiro - Rapunzel

Janeiro

Rapunzel

Bordado por: Regina Celi de Deus Vieira Cavalcanti Silva

Autor: Irmãos Grimm

Desenho e montagem: Carla Rodrigues Andrade

Contato: reginacelicavalcanti@gmail.com

                  55 (31)99953.8711

Fotografia, arte e produção: Henry Yu



Rapunzel

 Era uma vez um casal que queriam muito ter um filho. Quando finalmente atingiu essa graça, ocorreu que a mãe foi tomada por um clássico desejo de grávida: queria comer uns “raponços” (legume para salada), que cresciam no jardim da vizinha, conhecida como uma perigosa feiticeira. Tanto incomodou seu marido, lamentando que morreria caso seu desejo não fosse satisfeito, que ele se dispôs a correr o risco de colher o vegetal. A primeira porção só incitou a mulher a exigir mais, motivo pelo qual ele se empreendeu uma segunda excursão ao jardim da bruxa. Dessa vez, ele se deu mal, foi surpreendido pela dona da casa, obrigado a explicar seus propósitos e somente saiu vivo e carregado dos legumes tão cobiçados – porque foi coagido a prometer a filha que nasceria para a perversa mulher em troca destes legumes.

 Assim que nasceu, a menina foi recolhida por esta estranha madrasta que a batizou de Rapunzel, numa alusão aos raponços pelos quais fora trocada. Tão grande era o apego da bruxa à Rapunzel que, quando ela atingiu a idade de 12 anos, se tornando uma bela jovem, foi colocada numa torre sem portas para que ninguém a visse. O único acesso aos aposentos de Rapunzel era por meio de suas próprias tranças. A bruxa madrasta chegava ao pé da torre e gritava a frase :

“Rapunzel, Rapunzel! Jogue suas tranças!” Pelos cabelos da moça, ela subia. A visita da bruxa era o único contato de Rapunzel com o mundo externo.

 Um príncipe que cavalgava num bosque próximo ouviu uma voz cantando. Não descansou enquanto não descobriu a fonte da música que o encantara. Encontrou uma bela jovem cantando no alto da a torre, sem porta. Retornando frequentemente, escutando a menina cantar, um dia avistou uma visita da bruxa, assim aprendendo como subir a torre. Quando a bruxa foi embora, pediu que Rapunzel jogasse suas tranças e, ao subir, contornou o susto da moça que jamais vira um estranho, garantindo-lhe que a amaria mais do que qualquer um. Assim começou um romance que só poderia terminar em um plano de fuga. Que nas visitas do príncipe, ele lhe traria seda, que Rapunzel teceria gradualmente em uma escada para descer da torre.

 A bruxa acabou descobrindo o plano dos dois e preparou uma armadilha para o príncipe. Na raiva, a bruxa cortou as madeixas de Rapunzel e fez-se passar por ela. Quando o príncipe chegou, a bruxa deixou as tranças caírem para transportá-lo para cima. O príncipe percebeu horrorizado que Rapunzel não estava mais ali, a bruxa dizendo a ele que nunca mais veria a moça, o empurrou para os espinhos no jardim da torre que o cegaram.

 Por anos, ele vagou pelas terras devastadas do país e eventualmente chegou ao deserto onde Rapunzel vivia com os gêmeos a quem ela dera à luz, um menino e uma menina, filhos do príncipe. Um dia, enquanto ela cantava, ele ouviu a voz dela novamente e eles se encontraram. Caíram nos braços um do outro, as lágrimas dela imediatamente restauraram a visão do amado.

 Ele levou Rapunzel e os gêmeos para o seu reino, onde eles viveram felizes para sempre.

 

Referência bibliográfica – Fadas no divã - Diana Lichtenstein Corso e Mário Corso –Artmed – Porto Alegre – 2006.

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