Abril
A Bolsa Amarela
Autor: Lygia Bojunga
Bordado por: Fernanda
de Almeida Amaral
Desenho: Irlayne Horta Andrade
Contato: faamaral@gmail.com
@fernanda_amaral.adv
A Bolsa Amarela
Raquel é a única criança da família e acaba sempre em conflito com eles.Um dia, ela ganha de uma tia, uma grande bolsa amarela, que vira seu cofre secreto.
Na bolsa amarela de Raquel cabem muitas coisas: um galo de briga, um alfinete de fraldas, cartas e, ainda, três vontades: a vontade de ser grande, a de ser menino e a de ser escritora.
Raquel quer crescer porque acredita que, por ser criança, o que ela pensa ou deixa de pensar “não conta” e isso faz com que cada vez mais ela queira se tornar adulta.
Raquel deseja ser menino, pois acredita que isso resolveria muitos de seus problemas, já que lhe parece ser sempre o homem o sujeito que tem o poder de dar a última palavra em tudo.
A vontade de ser escritora é a vontade de maior importância, pois é através da sua escrita que Raquel encontra seu lugar no mundo.
Ela adora criar histórias de animais, pessoas, e outros seres imaginários, como o alfinete de fraldas, que escrevia todas as coisas que pensava e vivia se escondendo para que ninguém o encontrasse e o colocasse no lixo.
Há também o Galo Terrível, que está sempre brigando – mesmo sem querer – pois, isso foi algo que lhe foi cobrado desde pequeno.
Pela escrita, Raquel se liberta e se reinventa.
Com sua bolsa amarela, Raquel aprende a colocar para fora aquilo que está preso no peito. Através da escrita acaba com a angústia de se sentir deslocada mesmo estando entre os seus.
Ao mesmo tempo que se sucedem episódios reais e fantásticos, uma aventura espiritual se processa, e a menina segue rumo à sua afirmação como pessoa.

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