domingo, 23 de novembro de 2025

CALENDÁRIO 2026

 CALENDÁRIO 2026

Bem-vindo ao nosso universo encantado de linhas e histórias!

Somos 12 bordadeiras, e cada uma de nós dedica um mês inteiro para dar vida a um conto, uma estória, uma lenda.

Com mãos apaixonadas e fios cheios de magia, bordamos sonhos, memórias e encantos que povoam o imaginário.

🌟 A cada ponto, um pedaço de fantasia. A cada pano, um novo capítulo.
Assim, transformamos linhas em viagens, cores em emoções e tecidos em verdadeiros tesouros narrativos.

Este projeto nasceu para encantar — e já se tornou um grande sucesso para quem deseja presentear com algo único, cheio de poesia e afeto:
contos, pontos e panos que tocam o coração.

No calendário, você encontrará cada mês acompanhado de sua artista responsável — e seus contatos.

Boa leitura, boas descobertas e…

🌈 que a magia te acompanhe em cada bordado!



Janeiro - Rapunzel

Janeiro

Rapunzel

Bordado por: Regina Celi de Deus Vieira Cavalcanti Silva

Autor: Irmãos Grimm

Desenho e montagem: Carla Rodrigues Andrade

Contato: reginacelicavalcanti@gmail.com

                  55 (31)99953.8711

Fotografia, arte e produção: Henry Yu



Rapunzel

 Era uma vez um casal que queriam muito ter um filho. Quando finalmente atingiu essa graça, ocorreu que a mãe foi tomada por um clássico desejo de grávida: queria comer uns “raponços” (legume para salada), que cresciam no jardim da vizinha, conhecida como uma perigosa feiticeira. Tanto incomodou seu marido, lamentando que morreria caso seu desejo não fosse satisfeito, que ele se dispôs a correr o risco de colher o vegetal. A primeira porção só incitou a mulher a exigir mais, motivo pelo qual ele se empreendeu uma segunda excursão ao jardim da bruxa. Dessa vez, ele se deu mal, foi surpreendido pela dona da casa, obrigado a explicar seus propósitos e somente saiu vivo e carregado dos legumes tão cobiçados – porque foi coagido a prometer a filha que nasceria para a perversa mulher em troca destes legumes.

 Assim que nasceu, a menina foi recolhida por esta estranha madrasta que a batizou de Rapunzel, numa alusão aos raponços pelos quais fora trocada. Tão grande era o apego da bruxa à Rapunzel que, quando ela atingiu a idade de 12 anos, se tornando uma bela jovem, foi colocada numa torre sem portas para que ninguém a visse. O único acesso aos aposentos de Rapunzel era por meio de suas próprias tranças. A bruxa madrasta chegava ao pé da torre e gritava a frase :

“Rapunzel, Rapunzel! Jogue suas tranças!” Pelos cabelos da moça, ela subia. A visita da bruxa era o único contato de Rapunzel com o mundo externo.

 Um príncipe que cavalgava num bosque próximo ouviu uma voz cantando. Não descansou enquanto não descobriu a fonte da música que o encantara. Encontrou uma bela jovem cantando no alto da a torre, sem porta. Retornando frequentemente, escutando a menina cantar, um dia avistou uma visita da bruxa, assim aprendendo como subir a torre. Quando a bruxa foi embora, pediu que Rapunzel jogasse suas tranças e, ao subir, contornou o susto da moça que jamais vira um estranho, garantindo-lhe que a amaria mais do que qualquer um. Assim começou um romance que só poderia terminar em um plano de fuga. Que nas visitas do príncipe, ele lhe traria seda, que Rapunzel teceria gradualmente em uma escada para descer da torre.

 A bruxa acabou descobrindo o plano dos dois e preparou uma armadilha para o príncipe. Na raiva, a bruxa cortou as madeixas de Rapunzel e fez-se passar por ela. Quando o príncipe chegou, a bruxa deixou as tranças caírem para transportá-lo para cima. O príncipe percebeu horrorizado que Rapunzel não estava mais ali, a bruxa dizendo a ele que nunca mais veria a moça, o empurrou para os espinhos no jardim da torre que o cegaram.

 Por anos, ele vagou pelas terras devastadas do país e eventualmente chegou ao deserto onde Rapunzel vivia com os gêmeos a quem ela dera à luz, um menino e uma menina, filhos do príncipe. Um dia, enquanto ela cantava, ele ouviu a voz dela novamente e eles se encontraram. Caíram nos braços um do outro, as lágrimas dela imediatamente restauraram a visão do amado.

 Ele levou Rapunzel e os gêmeos para o seu reino, onde eles viveram felizes para sempre.

 

Referência bibliográfica – Fadas no divã - Diana Lichtenstein Corso e Mário Corso –Artmed – Porto Alegre – 2006.

Fevereiro - Pippi Meia Longa

Fevereiro

Pippi Meia Longa

Bordado por: Eleonora de Fátima Dornas de Andrade

Autor: Astrid Lindgren

Desenho: Murilo Pagani

Assessoria na pintura: Carol Perillo

Contato: eleonora.andrade@hotmail.com

                 55 (31)99821.6887 

Fotografia, arte e produção: Henry Yu


Pippi Meia Longa

 Pippi meia longa, uma personagem da autora sueca Astrid Lindgren, é uma menina invulgar, "a menina mais forte do mundo", com tranças ruivas e sardas no rosto. 

 O livro Pippi  meia longa (1945) conta a história da Pippi, que morava sozinha numa casa velha, numa cidade muito pequena. Não tinha pai nem mãe, pois sua mãe era falecida, e seu pai era marinheiro que caiu no mar, e de acordo com Pipi, vivia numa ilha dos mares do sul. 

 Quando Píppi chega à cidadezinha , com "uma mala cheia de moedas de ouro", herança de seu pai, vai viver numa casa chamada Vila Vilekula, que seu pai havia comprado alguns anos antes, com a intenção de morar ali mais tarde, com um  macaco e um cavalo . Ela conhece seus vizinhos, o menino Tommy e a menina Annika, de quem se torna amiga.

 Ela mesma faz suas roupas - bem esquisitas - e sua comida - biscoitos, panquecas e sanduíches. Destemida e sapeca, Píppi tem sempre uma resposta na ponta da língua e demonstra grande confiança em si mesma, causa espanto e confusão por onde passa, seja na escola, no circo ou na casa de seus vizinhos. Ela enfrenta desafios e se torna uma figura de destaque na sua cidade, inspirando a amizade e a coragem.

 É, enfim, uma menina que realiza sonhos de liberdade e aventura. Absolutamente encantadora.

Março - O Mágico de Oz

Março

O Mágico de Oz

Bordado por: Débora Magnólia

Autor: L. Frank Baum

Desenho: Murilo Pagani

Contato: magnolia4652@gmail.com

                 55 (31)99972.7583

Fotografia, arte e produção: Henry Yu



O Mágico de Oz

 Dorothy e seu cachorro Totó são levados por um tornado para a Terra de Oz onde moram bruxas e um terrível mágico. Antes de poder voltar para casa, Dorothy terá de seguir o caminho de pedras amarelas. Ela fará amizades com o Espantalho sem cérebro, o Homem de Lata sem coração e o Leão Covarde, e com eles enfrentará vários perigos e fará grandes descobertas. No final, Dorothy acorda de volta em sua cama na fazenda, cercada por seus familiares e amigos.

Abril - A Bolsa Amarela

Abril

A Bolsa Amarela

Autor: Lygia Bojunga

Bordado por: Fernanda de Almeida Amaral

Desenho: Irlayne Horta Andrade

Contato: faamaral@gmail.com

                @fernanda_amaral.adv

Fotografia, arte e produção: Henry Yu



 A Bolsa Amarela

 Raquel é a única criança da família e acaba sempre em conflito com eles.Um dia, ela ganha de uma tia, uma grande bolsa amarela, que vira seu cofre secreto.

 Na bolsa amarela de Raquel cabem muitas coisas: um galo de briga, um alfinete de fraldas, cartas e, ainda, três vontades: a vontade de ser grande, a de ser menino e a de ser escritora.

 Raquel quer crescer porque acredita que, por ser criança, o que ela pensa ou deixa de pensar “não conta” e isso faz com que cada vez mais ela queira se tornar adulta.

 Raquel deseja ser menino, pois acredita que isso resolveria muitos de seus problemas, já que lhe parece ser sempre o homem o sujeito que tem o poder de dar a última palavra em tudo.

 A vontade de ser escritora é a vontade de maior importância, pois é através da sua escrita que Raquel encontra seu lugar no mundo.

 Ela adora criar histórias de animais, pessoas, e outros seres imaginários, como o alfinete de fraldas, que escrevia todas as coisas que pensava e vivia se escondendo para que ninguém o encontrasse e o colocasse no lixo.

 Há também o Galo Terrível, que está sempre brigando – mesmo sem querer – pois, isso foi algo que lhe foi cobrado desde pequeno.

 Pela escrita, Raquel se liberta e se reinventa.

 Com sua bolsa amarela, Raquel aprende a colocar para fora aquilo que está preso no peito. Através da escrita acaba com a angústia de se sentir deslocada mesmo estando entre os seus.

 Ao mesmo tempo que se sucedem episódios reais e fantásticos, uma aventura espiritual se processa, e a menina segue rumo à sua afirmação como pessoa.

Maio - A Canção de Yunus

Maio

A Canção de Yunus

Bordado por: Silvânia Maria Carvalho de Araújo

Conto turco de tradição oral

Desenho: Murilo Pagani

Contato: silvaniamar@gmail.com

Fotografia, arte e produção: Henry Yu





                      A Canção de Yunus

 Esta história aconteceu há muito tempo, em um país do Oriente com um rapaz que se chamava Yunus. Ele vivia em uma zona rural e era analfabeto, pobre e muito simples. Mas, Yunus era ávido por conhecimento, de saber das coisas do espírito e das coisas do mundo.

 Quando completou vinte e um anos, deixou sua terra natal e começou a perambular de um lugar a outro, procurando a aprender tudo em seu entorno que lhe parecia ser bom aproveito.

 Um dia, alguém lhe falou da sabedoria de um mestre que vivia em monastério no alto de uma montanha, perto do deserto. Animado pela possibilidade de aprender com o mestre para iluminar o seu caminho, Yunus dirigiu-se para o local muito longe e de difícil acesso. Foi bem recebido pelo Mestre que se chamava Taptuc.

 O Mestre, que era cego, passou a sua mão pelo rosto e pelos ombros de Yunus e lhe disse: “Meu jovem, o que você tanto procura virá aos poucos. O aprendizado é longo e para iniciar vou lhe dar uma função: todos os dias, varrerá o pátio interno do monastério, não deixando um grão de poeira.” Yunus ficou muito entusiasmado e começou a varrer.

 No dia seguinte, Yunus observou que o mestre saia e vinha de seus aposentos sem lhe dirigir nenhuma palavra. O tempo passou, anos, ninguém parecia ver Yunus, não falavam com ele. Yunus se sentia muito triste, sozinho e, ao fim da tarde, subia à parte mais alta do monastério e começava a cantar, canções simples como ele, que saiam de seu coração entristecido. Seu cantar, conforme soprava o vento, alcançava as montanhas e inda longe se espalhando pelo deserto.

 Uma noite, muito triste, Yunus refletiu: o que fazia ali, onde ninguém falava com ele, onde o Mestre não o chamava para o pavilhão onde ministrava ensinamentos para os outros discípulos. Assim, compreendeu: o “Mestre quer me ensinar a virtude da paciência! Seu coração se encheu de alegria e voltou a varrer de forma entusiasmada. Contudo, nada mudou, e Yunus voltou a cantar de forma melancólica, espalhando sua voz pelas montanhas e deserto.

 Depois refletiu que a mensagem do Mestre é ensinar-lhe a humildade. Voltou a ficar radiante. Mas, o tempo passou, nada das pessoas conversarem com ele. Aí, ele desistiu e resolveu partir. Saiu no meio da noite, amargurado. Achou que o melhor seria morrer. Caminhou dia e noite, até cair exausto de sede, fome e cansaço. Dois dias depois, acordou em um quarto e se espantou com o que viu. Um casal cuidava dele, com palavras de carinho. E viu que estava em uma vila muito limpa, onde água jorravam de fontes, pessoas alegres, crianças brincando felizes. Viu plantações e rebanhos. Perplexo, Yunus perguntou ao casal, como conseguiam viver com tamanha tranquilidade no meio do deserto?

 O casal respondeu que essa era uma nova realidade para eles, pois antes viviam tensos, preocupados, de forma egoísta, total decadência. Mas, o vento começou a trazer uma voz doce, que cantava coisas simples, mas repletas de verdade, de sentimentos puros. A partir daí, as pessoas passaram a cantar as melodias. Tudo começou a se modificar. Todos se transformaram em amigos, trabalhando com satisfação, ajuda mútua. E a vila se transformou em um lugar alegre, rentável e amigo. Yunus ficou impressionado e quis ouvir as canções que também poderiam mudá-lo. Contudo, fico surpreso quando ouviu as crianças alegremente cantando uma de suas canções. Assim, viu que não era um inútil. Ele tinha transformado a vida daquelas pessoas.

 Agradecido Yunus despediu-se, com o coração transbordando de alegria. Decidiu voltar ao monastério, inseguro, pois tinha saído sem se despedir. Quando chegou a mulher de Taptuc se mostrou surpresa e feliz. Ela lhe disse que o Mestre sentiu a sua ausência. Disse-lhe para ficar no mesmo lugar de sempre e esperar o Mestre passar. Se ele esbarrar em você e disser: - “quem é este homem”? Você saberá que deve ir embora para sempre.”

 Yunus deitou-se, ansioso. Pela manhã ouviu a bengala do Mestre, que atingiu o seu corpo. O Mestre passou a mão pelo rosto de Yunus e, finalmente, exclamou, com doce sorriso:” oh! é Yunus! O meu discípulo mais amado voltou”.

 Fonte: Contadores de história – Grupo Conto e Encontro

Junho - João e Maria

Junho

João e Maria

Bordado por: Wânia Lúcia Martins Abreu

Assessoria: Simone Prado @spradoartes

Autor: Irmãos Grimm, 1852

Desenho e aquarela: @spradoarte

Contato: wlm.abreu@gmail.com

                 @waniaabreu

                 55 (31)99125.4644

Fotografia, arte e produção: Henry Yu


João e Maria

  João e Maria eram irmãos que viviam com seu pai e sua madrasta em uma pequena cabana na floresta. Sua madrasta era cruel e convenceu o pai de que os dois eram um fardo para a família, “você deveria abandoná-los na floresta” dizia a Madrasta.

  O pai, relutante, concordou com o plano. Antes de partir, João e Maria ouviram a conversa, e prevendo o que aconteceria, João encheu os bolsos de pedras brancas. Quando foram levados para a floresta, João jogou as pedras no caminho, criando um rastro que os levaria de volta para casa. E dito e feito, conseguiram.

  No entanto, a Madrasta não satisfeita, fez com que o pai os levasse novamente a floresta. Só que dessa vez eles não conseguiram pegar pedras como da primeira vez, pois o pai trancou a porta. Mas João era esperto e usou migalhas de pão para marcar o caminho, e assim fez, mas os pássaros comeram as migalhas e eles se perderam na floresta.

  Depois de caminhar por dias, João e Maria encontraram uma casa feita de doces e bolos. A casa pertencia a uma bruxa má que atraía crianças para comê-las. A bruxa capturou os dois prometendo doces e guloseimas, e prendeu João em uma jaula e forçou Maria a fazer todo o serviço de casa. Alimentava os irmãos com doces, para engordá-los, a bruxa planejava comer os dois começando por João. Todos os dias ela verificava através das grades se já estaria gordinhos o suficiente. Mas Maria foi esperta e enganou a bruxa, num momento de descuído, ela empurrou a bruxa para dentro do forno e trancou a porta rapidinho e a bruxa ficou presa gritando até não ter mais força.

  Com a bruxa morta, João e Maria encontraram doces, bolos e balas por toda a casa. E conseguiram achar um tesouro valioso. Eles também encontraram um ganso mágico que os ajudou a atravessar um rio. Ao chegarem em casa, descobriram que a madrasta havia morrido e foram recebidos de braços abertos pelo pai, que procurou por eles durante um bom tempo, chorava muito pois havia se arrependido de tê-los abandonado.

  A partir de então, João e Maria viveram felizes com o pai, usando o tesouro que encontraram para viver bem e felizes.

Julho - Lendas dos Sete Mares

Julho

Lendas dos Sete Mares

Bordado por: Amarilis Bracher

Autor: Mitologias de povos antigos

Desenho: Amarilis Bracher

Contato: amarilisbracher@gmail.com

                55 (31) 98523.6215

Fotografia, arte e produção: Henry Yu



Lendas dos Sete Mares

 Desde tempos imemoriais, o ser humano procura entender e explicar o desconhecido. E o mar, poderoso e implacável, escondendo tantos perigos e enigmas, o atrai e repele, provocando fascínio e medo, tornando-se fonte inesgotável de elementos que moldam, no seu imaginário, toda série de monstros e divindades que se perpetuam através das histórias contadas de geração em geração.

 Avistamentos de lulas gigantes, baleias enormes e tubarões ferozes, inspiram as histórias aterrorizantes de um Kraken, por exemplo (oriundo da mitologia nórdica), que afunda os navios com seus tentáculos gigantes, ou do Leviatã (das tradições bíblicas), com todo o seu poder demoníaco.

 São também recorrentes as lendas de gigantescas serpentes marinhas que se enroscam em navios e os destroem, ou de peixes monstruosos e vorazes, com formas bizarras e assustadoras, ou então de criaturas híbridas, como dragões marinhos dotados de asas.

 Sereias e seu canto hipnótico, atraindo navegantes desavisados para o fundo do mar, dividem espaço com Tritões, Quimeras e outros seres do vasto panteão greco-romano e de outras mitologias.

 E não faltam relatos de navios fantasmas, condenados a vagar eternamente pelos sete mares, prenunciando desastres e invocando maldições...

 Especificamente, a expressão "Lendas dos sete mares" evoca uma tradição marítima antiga que dividia em sete, os mares do mundo conhecido. Mais tarde, graças a histórias e personagens relevantes, como Sinbad, o Marujo, das" Mil e uma Noites", que navegava por esses sete mares transportando suas mercadorias, essa expressão popularizou-se, indissoluvelmente ligada à narrativas de aventuras em busca de emoções e perigos, tesouros perdidos, piratas e mundos inexplorados.

 Amarilis Bracher/ 2025

Agosto - A Menina e o Pássaro Encantado

Agosto

A Menina e o Pássaro Encantado

Bordado por: Sandra Carvalho Procópio

Autor: Rubem Alves

Desenho: Irlayne Horta Andrade

Aquarela: Simone Prado

Contato: @sandracarvalhoprocopio

                 55 (31)99866.0537

Fotografia, arte e produção: Henry Yu


A Menina e o Pássaro Encantado

 A história fala de uma menina e um pássaro mágico que se amam profundamente. O pássaro, porém, não pode viver preso. Ele precisa voar livremente, e por isso vai embora em longas viagens pelo mundo. A menina sente saudade, chora, mas entende que se o prendesse, ele perderia sua essência e deixaria de ser encantado.

 Sempre que parte, o pássaro promete voltar. Ele traz notícias e histórias de terras distantes, alimentando o coração da menina com lembranças e esperanças. A espera se torna uma mistura de dor e alegria: dor pela ausência, alegria pela certeza do reencontro.

Setembro - A Árvore das Lembranças

Setembro

A Árvore das Lembranças

Autora : Britta Teckentrupp

Bordado por: Verônica Matta Machado

Desenho: Liana Valle

Contato: veronicagmm@gmail.com

Fotografia, arte e produção: Henry Yu




A Árvore das Lembranças

 Trata-se da historia de uma raposa, que levou uma vida longa e feliz na floresta com outros bichos, seus amigos queridos, a coruja, o rato, o coelho, o urso, os pássaros, o esquilo, e muitos outros.

 Um dia ela estava muito cansada e escolheu uma clareira na sua adorada floresta, onde pela ultima vez, se deitou, fechou os olhos, respirou fundo e caiu no sono para sempre. Começou a nevar e um delicado cobertor de neve se estendeu sobre ela. Seus amigos ficaram tristes e reuniram-se na clareira em volta dela para relembrar os momentos felizes que viveram juntos.

 A raposa havia deixado sua marca na vida de cada um dos bichos da floresta e eles sorriam ao se lembrar dela. Uma plantinha brotou bem no lugar onde a raposa tinha se deitado. A cada historia contada ela crescia, ganhando força e ficando cada vez mais bonita. Ao amanhecer, a plantinha havia se tornado uma pequena árvore e seus amigos entenderam que a raposa ainda era parte deles. Quanto mais se lembravam dela, mais a árvore crescia, uma árvore feita de lembranças e cheia de amor.

 E assim, a raposa continuou para sempre nos corações de seus amigos.

 Para trazer a historia para a vida de bichos e floresta do Brasil, escolhemos o cerrado, epreferimos contar a história trocando a raposa por um lobo guará, e seus amigos são:um tatu canastra, uma capivara, um veado campeiro, uma cobra coral, uma ema, umtamanduá bandeira, um lagarto ou calango verde, uma onça pintada, uma seriema euma arara carindé. Salve o cerrado.

Outubro - A Bonequinha Preta

Outubro

A Bonequinha Preta

Bordado por: Alda Andrade

Autor: Alaíde Lisboa de Oliveira

Desenho: Murilo Pagani

Contato: aldaluciad@gmail.com

                 55 (31)99993.1286

Fotografia, arte e produção: Henry Yu



A Bonequinha Preta

 Conta a história da boneca preta amada pela menina Mariazinha. Ao ser deixada em casa, a boneca desobedece ao pedido para não chegar à janela e acaba caindo dela. Ela é resgatada por um verdureiro e devolvida em segurança à Mariazinha, que se alegra ao reencontrar sua amiga.

 O livro é um marco da literatura infantil brasileira por trazer uma personagem negra e valorizá-la, sendo usado hoje para discutir a importância do respeito à diversidade racial e o combate ao preconceito. 

Novembro - A Mulher Ramada

Novembro

A Mulher Ramada

Bordado por: Marie-Thérèse Pfyffer

Autor: A Mulher Ramada

Desenho: Demóstenes Vargas

Contato: @mtpfyffer

Fotografia, arte e produção: Henry Yu



A Mulher Ramada

  Se sentindo só no jardim do qual cuidava, o jardineiro plantou duas belas mudas de rosas e deu-lhes o semblante de uma mulher, a sua amada, Rosamulher. Na primavera podou todas as rosas que poderiam distrair da beleza desta forma. Mas o jardineiro adoeceu e ficou longos dias acamado. Quando voltou para o jardim, a encontrou florida e mais linda ainda. Então a abraçou e ela o envolveu em perfume e flores.

 COLASANTI, M. Doze reis e a moça no labirinto do vento. 12.ed. São Paulo: Global Editora, 2006.

Dezembro - A Rainha das Neves

Dezembro

A Rainha das Neves

Autor: Hans Christian Andersen

Bordado por: Rosângela P. M. Gualberto

Colaboração: Malu Furtado e Vaní Cipriano

Desenho: Murilo Pagani

Contato: 55 (31)98772.8302

Fotografia, arte e produção: Henry Yu



A Rainha das Neves

 Kay e Gerda eram duas crianças muito felizes e pobres, pois moravam com suas famílias em um sótão do lado um do outro em uma grande cidade. Eram muito amigos, inseparáveis. Mas um dia um estilhaço de um espelho – enfeitiçado por um duende mal – caiu no olho de Kay e ele se tornou uma criança que não via mais beleza em nada, uma pessoa fria e desalmada.

 Ele estava na praça da cidade com seu trenó num dia muito nevado quando a Rainha da Neve o levou para seu palácio de gelo, muito frio e amplo, com paredes de neve acumulada e iluminado pela aurora boreal. Manteve Kay aí com muitos beijos para ele não sentir frio e a missão de descobrir uma palavra magica.

 Gerda, sentindo muita falta do amigo, saiu pelo mundo a procura dele, achando que ele podia até ter morrido. Passou por muitos lugares e encontrou muitas pessoas que foram dando informações de onde ele poderia estar. Foi ao jardim de uma velha senhora, que entendia de feitiçaria. Conheceu um príncipe e uma princesa, uma pequena ladra e, finalmente, a mulher da Lapônia Finlandesa, que ensinou muitas coisas e lhe deu renas para chegar no palácio da Rainha das Neves onde Kay poderia estar.

 Quando Gerda chegou no palácio, a Rainha das Neves não estava pois tinha saído para olhar o Vesúvio e o Etna nas terras quentes. Kay estava sentado sozinho no salão de gelo, já azul, mas não sentia frio por causa dos beijos da Rainha das Neves, e seu coração já era um pedaço de gelo.

 Gerda correu para ele, gritando seu nome de felicidade, e o abraçou. Mas ele estava entorpecido e gelado. Ela cantou a canção dos dois e derramou tantas lágrimas no peito dele que derreteram o gelo do seu coração. Kay explodiu em lágrimas e o estilhaço de espelho de vidro saiu dos seus olhos, fazendo com que ele reconhecesse Gerda. Foi um encontro lindo e imediatamente a palavra mágica apareceu escrita no gelo. Gerda e Kay se deram as mãos, subiram nas renas e voaram para fora do palácio. Devolveram as renas para a mulher da Lapônia e voltaram para suas casas, fazendo a alegria das suas famílias.