sábado, 20 de novembro de 2021

Junho – As Plêiades

 Junho – As Plêiades

Bordado por: Malu Furtado Rocha

Autor: Mito grego

Desenho: Murilo Pagani, assesoria em pintura: Nara Hauck

Contato: maluvieirarocha@gmail.com

Fotografia, arte e produção: Henry Yu

 

As Sete Irmãs, foram imortalizadas no famoso agrupamento de estrelas chamado Plêiades e provocaram assombro e fascínio mundo afora. Também foram tema de mitos e lendas em quase todas as culturas do planeta. São facilmente vistas a olho nu e consistem de várias estrelas brilhantes e quentes, de espectro predominantemente azul.
Histórias sobre as Sete Irmãs foram transmitidas oralmente e pela poesia, arte, música e arquitetura de gregos, aborígenes, chineses, índios norte-americanos, egípcios, persas, indianos e polinésios, para citar apenas alguns povos.

Na Mitologia Grega as Plêiadas eram sete irmãs: Maia, Alcíone, Artérope, Celeano, Taigete, Electra e Mérope. Eram filhas de Atlas, um titã condenado por Zeus a sustentar o céu, e de Pleione, filha do titã Oceano e protetora dos marinheiros.

Pleione costumava passear com suas jovens filhas pela Beócia, até que começaram a serem perseguidas pelo caçador Orion. E durante sete anos isto ocorreu. Para protegê-las das incansáveis investidas amorosas de Órion, Júpiter com pena delas, apontou um caminho até as estrelas, e elas formaram a cauda da constelação do Touro.

Maia
A mais velha das irmãs, conhecida pela beleza fora do normal e por sua vida solitária.
 A história conta que, apesar de muito bela, Maia era tímida e frágil, preferindo se isolar e morar sozinha nas cavernas. Em latim, Maia quer dizer “mãe” e, em outras traduções, também significa “enfermeira” ou “grande”. Era considerada pelos romanos a deusa da primavera, por isso nosso quinto mês se chama “maio”. Em determinado momento, sua estrela brilhou mais do que as outras. No entanto, a estrela da irmã seguinte, Alcíone, hoje brilha mais, e alguns dizem que isso simboliza a rivalidade entre as duas irmãs no passado.

Alcíone
 Na mitologia grega, Alcíone, a segunda irmã, era conhecida como a líder. Na época idílica, quando o mundo era repleto de alegria, prosperidade e tranquilidade, ela protegia o mar Mediterrâneo, tornando-o calmo e seguro para os marinheiros.
Em outro mito, casou-se com Céix, rei da Tessália, filho de uma estrela matutina, com quem formou um casal dedicado até o dia em que os dois enganaram Zeus e Hera, fazendo-se passar por eles.
Enfurecido, Zeus esperou o casal se separar e lançou uma tempestade sobre o mar, fazendo a embarcação de Céix virar e este morrer afogado.

Asterope
Astérope em grego significa “estrela” e é tradicionalmente retratada como uma das mais fracas entre as irmãs, talvez por ser uma das que brilham menos do que as outras.
 Com Ares, deus da guerra, teve um filho chamado Enomau.
Em algumas versões do mito, Enomau é marido de Astérope e rei de Pisa. Com ele, ela teria quatro filhos.

Celaeno
Celeano em geral é traduzido como “melão” ou “obscura”. Assim como Astérope, Celeano brilha menos do que as outras estrelas do agrupamento, supostamente por ter sido atingida certa vez por um raio lançado por Téon, o Jovem.
 Apesar disso, teve muitos filhos, entre eles Deucalião com o titã Prometeu, e Lico, Nicteu, Eurípilo com Poseidon, deus do mar.

Taigete
Nos mitos, Taigete, assim como Maia, valorizava a própria independência e vivia sozinha nas montanhas.
Zeus também tentou seduzi-la, mas, antes que conseguisse alcançá-la, ela correu para os braços de Artemis, que a transformou em gazela para lhe permitir escapar das garras de Zeus. Hércules também tentou seduzi-la.

Electra
Conhecida como a terceira mais brilhante das estrelas, Electra teve quatro filhos, entre eles Dárdano, que mais tarde fundaria a antiga cidade de Troia.
Algumas fontes alegam que Electra, e não Mérope, é a “Plêiade perdida” depois que ela desapareceu após a queda de Troia e a morte de Dárdano.

Mérope (a Irmã Perdida) – Mérope é mais geralmente aceita como a “Plêiade perdida”, pois foi a última estrela a ser identificada pelos astrônomos e é a mais fraca do grupo, invisível a olho nu.
 Algumas lendas sugerem que Mérope se perdeu ao ter escondido o rosto de vergonha por ter desposado um mortal, o rei Sísifo. Outros dizem que Mérope escondeu o rosto de vergonha pelo fato de o marido ser um criminoso, cuja punição era empurrar uma pesada pedra morro acima, até a fronteira do firmamento.
Nesse aspecto, há semelhanças com Atlas, pai de Mérope, que sustentava o peso do mundo nos ombros.

 

Nota: Texto extraído da publicação do site: http://br.lucindariley.co.uk/myths-and-legends/ de Lucinda Riley, autora da série “As Sete Irmãs”.

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