segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Os Três Porquinhos



Certa vez havia uma porca que teve três porquinhos. Ela estava velha e não tinha como sustentar a ninhada, então mandou que partissem em busca da sorte.
O primeiro porquinho andou, andou até que encontrou um homem que carregava um feixe de palha, e disse a ele:
“Por favor, camponês, me dê um tanto dessa palha para que eu possa construir minha casinha.”
O camponês, que tinha bom coração, assim o fez, entregando-lhe uma boa quantidade de palha. O porquinho não perdeu tempo e logo sua casa estava pronta. Porém, também logo veio um lobo, que bateu à porta e falou:
“Porquinho, porquinho, deixe-me entrar.”
Ouvindo isso o porquinho respondeu: “Não, não, pelos fios de minha barba, aqui você não vai entrar.”
O lobo sem se deixar abalar com a resposta, retrucou: “Então vou soprar, e vou bufar, e vou sua casa arrebentar.”
E soprou, bufou, e a casa foi pelos ares. O porquinho no entanto, era rápido, e saiu correndo para dentro da mata, tão depressa que, por mais que tentasse, o lobo não conseguiu capturá-lo.
O segundo porquinho encontrou um homem com um feixe de gravetos e disse:
“Por favor, meu bom homem, me dê um tanto desses gravetos para que eu possa construir a minha casinha.”
O homem assim o fez e o porquinho, mais do que depressa, construiu a sua casinha.
Mas não tardou e o lobo apareceu e disse: “Porquinho, porquinho, deixe-me entrar”.
“Não, não, pelos fios de minha barba, aqui você não vai entrar.” “Então vou soprar, e vou bufar, e vou sua casa arrebentar.”
E soprou, soprou, bufou, bufou, e a casa foi pelos ares. Mas tal como seu irmão, esse porquinho também era ágil, ou essa agilidade era apenas o instinto natural de sobrevivência? Não sei, o que sei é que ele correu feito um louco pra dentro da floresta e o lobo mais uma vez não pode encher a barriga com os porquinhos dessa família!
O terceiro porquinho vinha andando pelo seu caminho quando encontrou um homem que fabricava tijolos, e disse:
“Por favor, meu bom homem, me dê um tanto desses tijolos para que eu possa construir a minha casinha.”
O homem tinha sobrando e de bom grado deu muitos tijolos para o porquinho. Satisfeito, o porquinho estava tratando de reunir todo material que ganhara quando surgiram da mata seus dois irmãos, chorando, traumatizados.
“O que aconteceu irmãozinhos”, perguntou-lhe, “porque tanta tristeza?”
E os dois infelizes relataram tudo que tinha lhes acontecido, o lobo, suas casas destruídas e a intenção do lobo de fazer deles o seu almoço.
“Não se preocupem mais irmãos, tenho tijolos, este material é mais forte, sólido, vamos fazer nossa casinha com eles, e essa o lobo não poderá destruir!”
Sem perda de tempo trataram de construir sua sólida casinha. Não tardou e o lobo apareceu outra vez, e tal como fizera com os outros dois porquinhos, disse:
“Porquinho, porquinho, deixe-me entrar”.
“Não, não, pelos fios de minha barba, aqui você não vai entrar.” “Então vou soprar, e vou bufar, e vou sua casa arrebentar.”
E ele soprou, soprou e bufou, e soprou, e bufou, e bufou, e bufou, e soprou, e soprou mais ainda, até ficar roxo e perder o fôlego, mas a casa não caiu. Então ele percebeu que essa casa era mais forte e que por mais que soprasse não conseguiria destruí-la. Pôs a cabeça para funcionar e teve uma ideia, e disse:
“Porquinho, quero ser seu amigo, e para provar ofereço-me a mostrar-lhe onde há um magnífico campo de nabos.”
“Onde fica esse campo?” Perguntou o porquinho.
“Oh, nas terras do Sr. Jacó, e se estiver pronto amanhã de manhã virei buscá-lo; poderemos ir juntos colher nabos e nos divertir bastante.”
“Esta bem”, respondeu o porquinho, “está combinado. A que horas vai passar por aqui?”
“Oh, as seis em ponto, está bem?”
O porquinho levantou às cinco da manhã, disse para seus irmãos ficarem bem quietos escondidos em casa, e foi para o campo dos nabos, chegando antes do lobo. Lá pegou tudo que queria e voltou correndo para casa, onde se trancou bem.
Às seis em ponto o lobo bateu na porta dos porquinhos:
“Porquinho (o lobo não sabia que os dois sobreviventes estavam lá!), está pronto?”
O porquinho respondeu: “Pronto? Já fui e já voltei, e tenho uma panela repleta de nabos para o jantar.”
O lobo ficou furioso, mas não ia desistir assim tão fácil, e disse: “Porquinho, conheço um lugar repleto de macieiras carregadinhas.”
“Onde?”, perguntou o porquinho.
“Lá na clareira do lago”, respondeu o lobo. “E se não me enganar virei buscá-lo amanhã, às cinco horas, para colhermos algumas maçãs.”
Na manhã seguinte o porquinho levantou às quatro horas, vestiu-se e foi para a clareira do lago colher as maçãs, esperando fazer a mesma coisa do dia anterior, mas a clareira era mais longe, e ele teve que subir nas árvores para colher as maçãs. Então, bem na hora em que ia descer da última árvore com um saco cheinho de maçãs, viu o lobo se aproximar e ficou apavorado. E agora, o que fazer?
O lobo chegou e disse:
“Você gosta de levantar cedo, não é porquinho? Chegou antes de mim? Como estão as maçãs, estão doces?”
“Estão ótimas”, disse o porquinho, vou lhe jogar uma,” e jogou uma linda maçã o mais longe que pode. O lobo guloso correu para apanhá-la, e o porquinho por sua vez saltou para o chão e correu o mais rápido que pode até sua casa, trancando muito bem todas as portas e janelas.
No dia seguinte lá estava o lobo outra vez, mas agora muito zangado. Falou:
“Porquinho, perdi a paciência com você. Não vou esperar mais, vou entrar pela chaminé e devorá-lo, assim como fiz com seus irmãos!”
“Mentiroso!” gritou o porquinho, “você não é de nada, não devorou meus irmãos, eles estão aqui comigo!”
E os dois irmãos gritaram de dentro da casa para que o lobo pudesse ouvi-los. Enquanto isso o porquinho esperto pendurou um caldeirão cheio d’água na lareira acessa com um fogo bem alto. O lobo, cada vez mais furioso, começou a descer pela chaminé, e estava tão cego de ódio que nem viu a panela e caiu dentro dela. O porquinho rapidamente colocou a tampa, o lobo ficou preso e morreu escaldado.
E os três irmãozinhos viveram felizes na casa de tijolos.
Autor: Conto Inglês


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