O Dia dos Mortos
Bordado por: Valeria Inês Pimenta
Conto: O Dia dos Mortos
Autor: Lenda Mexicana
Desenho: Murilo Pagani
Contato: @valeriainez
Fotografia, arte e produção: Henry Yu
A única certeza que todos os homens e mitologias sempre dividiram é
a Morte. Causadora de tantos medos, ela é encarada de forma bem
diferente dependendo da sua localização geográfica. Em muitos países, é motivo
de choro e luto demorado. Em outros, os doentes e idosos fazem de tudo para
morrer em determinado lugar. E existem os países que encaram a morte de frente.
E com festa!
O Día
de Los Muertos comemora as vidas dos ancestrais, que nessa época
voltam do outro mundo para visitar os vivos. Os povos indígenas mesoamericanos
– há relatos da celebração em povos náuatles (astecas), maias, tarascanos e
totonacas há, no mínimo, três mil anos – tinham cerca de um mês inteiro
dedicado aos mortos: o nono do calendário asteca, equivalente ao nosso agosto.
Na era pré-hispânica era comum a prática de conservar os crânios como troféus,
e mostrá-los durante os rituais que celebravam a morte e o renascimento. As festividades
eram presididas pela deusa Mictecacihuatl, a Dama de la Muerte,
esposa de Mictlantecuhtli, senhor do reino dos mortos.
Segundo a crença popular, neste dia os mortos têm permissão divina para
visitar seus parentes vivos. As ruas e as casa são enfeitadas com flores, velas
e incensos. As tumbas são decoradas e os vivos levam oferendas aos mortos. As
famílias preparam verdadeiros banquetes, as pessoas se enfeitam de fantasias e
máscaras (a maioria como caveiras coloridas) e as crianças se divertem. Nos
cemitérios. De noite. E com os mortos.
Entre
oferendas e decorações, um arco de flores simboliza a passagem usada pelos
espíritos.
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