A Festa no Céu
Bordado por: Zélia Melo
Conto: A Festa no Céu
Autor: Conto Brasileiro
Desenho: Murilo Pagani
Contato: melozelia@terra.com.br / @melo_zelia_bordados
55 (31) 99984 5072
Fotografia, arte e produção: Henry Yu
Quem já observou com
atenção um sapo, certamente notou sua feiura. Boca grande, olhos esbugalhados,
pele áspera e fria, verrugas por toda parte e corpo achatado, como se alguém
tivesse pisado sobre ele. Que mal terá feito essa pobre criatura, para ser tão
feia assim?
Certa vez, uma grande festa
no céu reuniu muitos convidados. Naturalmente, para chegar até lá, em uma
festança nas alturas, era necessário saber voar. Por isso, somente as aves
poderiam participar. O sapo, porém, cismou que também iria à festa. Mas, como
sapo não sabe voar, foi elaborado um plano envolvendo um grande urubu.
No dia da festa, a enorme
ave negra foi visitar o sapo, que a havia convidado exatamente para poder
executar seu plano. À vontade, o urubu conversava entretido com a dona sapa.
Enquanto isso, com a desculpa de ter que ir na frente, pois andava muito
devagar, o sapo se enfiou sorrateiramente na viola que o urubu levaria para
animar a festa. E, pacientemente, aguardou a hora de viajar.
Sem desconfiar da trama
sapal, o urubu alçou voo com a viola a tiracolo, rumo ao céu. Chegando na
festa, em um momento de distração do feliz urubu, o sapo espertalhão saltou
para fora da viola e surpreendeu a todos com sua presença no folguedo celeste.
Durante toda a noite,
divertiu-se a valer. Quando a festança chegava ao final, o maroto aproveitou a
confusão e meteu-se de novo na viola do urubu. Mas, cansado de esperar e
impaciente para chegar logo em casa, o sapo começou a se mexer dentro da viola.
Durante o voo, um barulho
estranho chamou atenção do urubu. Percebendo que havia alguma coisa dentro da
viola, imediatamente virou o instrumento de boca para baixo e, espantado,
observou o sapo despencar como uma pedra das alturas.
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